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Hoje, temos a honra de apresentar uma entrevista exclusiva com Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom e um dos executivos mais renomados do setor de telecomunicações. Sob sua liderança visionária, a Megatelecom não apenas se estabeleceu como uma referência em inovação e excelência, mas também tem moldado o futuro das comunicações no Brasil. Com uma trajetória marcada por estratégias ousadas e resultados impressionantes, Carlos compartilha suas perspectivas sobre os desafios e oportunidades que o setor enfrenta, além de suas reflexões sobre a importância da tecnologia e da conectividade no desenvolvimento da sociedade. Prepare-se para uma conversa inspiradora que revela não apenas o perfil de um líder, mas também a visão de um verdadeiro protagonista na transformação digital.

  1. Visão Estratégica: Carlos, qual é a sua visão para a MEGATELECOM nos próximos cinco anos, e como você planeja posicionar a empresa em um mercado cada vez mais competitivo e em constante mudança?

Minha visão é que as empresas de telecomunicações evoluíram pouco nos últimos 15 anos, enquanto as empresas de tecnologia ocuparam todos os espaços possíveis em novos produtos e serviços. Para pensar: hoje o valor de uma assinatura B2C é muito parecido, em termos reais, com o valor de uma década atrás. Porém, o usuário gasta com os streamings e outros serviços online um valor que não para de crescer, além de gerar um valor ainda maior para as redes sociais em forma de publicidade. Tudo isso a partir de redes, cuja assinatura, como dito, está “congelada” há mais de 10 anos. Os ISPs não conseguem repassar inflação nos seus planos de assinatura, porém tem os custos pressionados com câmbio (insumos) e com a própria inflação (salários). Para o mercado da Mega que é puro B2B, o foco é integrar serviços. Hoje a Mega é uma Next Generation Telecom, ou seja, olhando para frente, estamos muito mais próximos da tecnologia do que de telecom.

  1. Inovação e Tecnologia: Como a MEGATELECOM está adotando novas tecnologias para melhorar seus serviços e atender melhor os seus clientes? Qual o desafio de inovar?

Somos uma empresa de teletech. Aliás, já há anos, nos posicionamos como uma empresa de techcom. Hoje somos grandes fornecedores de cloud privada, de serviços gerenciados a partir de data centers (7 edge próprios e mais de 50 dentro do nosso ecossistema), além dos serviços de telecom para os mercados de B2B e atacado. Nossa missão é ser um marketplace para nossos clientes poderem encontrar uma série de produtos e serviços ofertados a partir da nossa plataforma de fibra e TI. Estamos implantando uma série de ferramentas de RPA e AI para termos um atendimento ainda melhor e mais próximo para nossos clientes.
Desafio da inovação é formar times e amadurecer os produtos e serviços. Outro desafio enorme é fazer o cliente perceber valor na sua oferta e entregar o que é prometido.

  1. Gestão de Equipes: Você pode nos contar sobre seu estilo de liderança e como você trabalha para motivar e engajar sua equipe em um ambiente de trabalho em constante evolução?

Gestão é muito mais do que uma palavra. Diria que ser gestor é praticar diariamente o desapego, a curiosidade e a empatia. Entender que somos projetos de pessoas e lideranças “em andamento/desenvolvimento”.
Gosto bastante de delegar e me colocar à disposição dos meus diretos, para poder colaborar com os seus respectivos desenvolvimentos. Hoje divido a equipe que está na Mega em 2: a turma antiga, que foi criada, se desenvolveu junto e trouxe a empresa até aqui e uma turma nova, que chegou a partir da necessidade de mais processos, após nossa onda de aquisições. Absorvemos diversos talentos das empresas incorporadas, o que nos trouxe a fusão de várias culturas distintas. Estamos trabalhando para unificar a cultura da empresa toda, sem perder o foco nos valores principais da Mega: o amor e cuidado pelo cliente e a visão de tecnologia e TI.

  1. Desafios do Setor: Quais você considera serem os maiores desafios que o setor de telecomunicações enfrenta atualmente, e como a MEGATELECOM está se preparando para superá-los?

O setor está se transformando rapidamente. A consolidação do 5G como tecnologia de acesso para mim ainda é uma incógnita em termos de como poderia afetar o mercado de banda larga fixa. Também as consolidações do mercado e o renascimento da OI com um time diretivo extremamente competente (BTG) deverá trazer novos contornos para o mercado de ISPs. Além disso, a demanda por inteligência artificial, e o potencial protagonismo do Brasil nesse cenário (como “celeiro” de data centers de aprendizado de AI), somados com as questões de organização de infraestrutura e a possível figura de operadores de poste neutros (posteiros) são motivos suficientes para deixar o mercado agitado nos próximos anos. O foco da Mega é entender as demandas dos clientes nesse cenário de constante evolução tecnológica, e ser veloz nos ajustes de rota necessários

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